A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou propostas de reajustes que deixarão muitos consumidores de quatro estados em estado de choque: Acre, Amapá, Piauí e Rondônia. Os aumentos, que podem ultrapassar a marca assustadora de 44%, afetarão cerca de 2,6 milhões de unidades consumidoras.
De acordo com um levantamento realizado pelo poder e poltica, com base em informações da Aneel e das distribuidoras, os reajustes foram divulgados entre agosto e setembro deste ano. O aumento mais expressivo, de 44,41%, recairá sobre os consumidores de baixa tensão atendidos pela Equatorial Amapá, subsidiária da Equatorial Energia. Vale ressaltar que a distribuidora abrange outros seis estados brasileiros.
Segundo a área técnica da Aneel, esse percentual alarmante é resultado de uma combinação de novos custos e do fim das medidas de mitigação adotadas nos últimos anos. Soma-se a isso o término dos efeitos de ações tarifárias implementadas principalmente em 2020 e 2021.
Não é a primeira vez que os consumidores brasileiros são impactados com reajustes. Em março, a agência autorizou aumentos que chegavam a 12,67% nas contas de luz de quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. E, em abril, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe também foram afetados por reajustes nas tarifas.
Esses percentuais de reajustes fazem parte da proposta de revisão tarifária das distribuidoras. Além de atualizar os valores cobrados dos consumidores, a Aneel estabelece outros parâmetros nesse tipo de processo, que geralmente ocorre a cada quatro ou cinco anos. A notícia preocupa os consumidores, que terão que lidar com o impacto financeiro desses reajustes exacerbados nas contas de energia elétrica.
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