O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (25/9) que o critério de gênero não influenciará em sua decisão para um novo nome de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Lula terá que indicar um substituto para a ministra Rosa Weber, que se aposenta compulsoriamente no final de setembro.
Pressionado por diversas categorias para que uma mulher ocupe o lugar de Rosa, Lula afirmou que “o critério não é mais esse”. O presidente falou à imprensa no Palácio do Itamaraty. Ele disse estar tranquilo e que escolherá alguém que “atenda aos interesses e expectativas do Brasil”. E essa escolha independe de gênero.
“O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo para escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir ao Brasil, que tenha respeito à sociedade brasileira. Uma pessoa que vote adequadamente. Não se depende dessa questão de gênero”
O presidente ainda prosseguiu: “Pretendo indicar a pessoa mais correta que eu conhecer, que vai ser uma grande pessoa, que é isso que o Brasil precisa”, ressaltou.
Flávio Dino
Conforme publicou o colunista do Metrópoles Guilherme Amado, nas últimas semanas, Lula sinalizou a dois de seus mais próximos interlocutores que Flávio Dino será seu escolhido para o STF, na vaga que será aberta com a aposentadoria de Rosa Weber.
Dino tem sido o mais discreto dos nomes cotados para a vaga. Chegou a desautorizar que qualquer pessoa falasse nele como candidato para o STF, e mesmo aos mais próximos tem dito que seu plano principal é disputar o pós-Lula.
Os outros dois nomes cotados são Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União, e Jorge Messias, advogado-geral da União. Messias é o preferido pelos ministros do palácio, e Dantas chegou a receber do próprio Lula sinais de que seria o indicado. Ambos consideram, portanto, que o jogo ainda está aberto.
Metrópoles