“NovaEm vitória para Bukele, parlamento elimina regra que proibia reeleição no país, amplia tempo de governo e acaba com segundo turno.Parlamentares de El Salvador aprovaram uma emenda constitucional nesta quinta-feira (31/07) que amplia o mandato presidencial para seis anos e autoriza ao chefe de governo concorrer à reeleição de forma indefinida.
Com a mudança, o atual presidente, Nayib Bukele – que conta com apoio majoritário no parlamento – poderá disputar o cargo quantas vezes quiser. Até então, mandatos consecutivos eram proibidos no país. A proposta foi aprovada pelos 57 deputados aliados do presidente, enquanto apenas três membros da oposição votaram contra.
“NovaEm vitória para Bukele, parlamento elimina regra que proibia reeleição no país, amplia tempo de governo e acaba com segundo turno.Parlamentares de El Salvador aprovaram uma emenda constitucional nesta quinta-feira (31/07) que amplia o mandato presidencial para seis anos e autoriza ao chefe de governo concorrer à reeleição de forma indefinida.
Com a mudança, o atual presidente, Nayib Bukele – que conta com apoio majoritário no parlamento – poderá disputar o cargo quantas vezes quiser. Até então, mandatos consecutivos eram proibidos no país. A proposta foi aprovada pelos 57 deputados aliados do presidente, enquanto apenas três membros da oposição votaram contra.
A emenda foi apresentada pela deputada Ana Figueroa, do partido liderado por Bukele. Além de permitir a reeleição sem restrições, as novas regras também extinguem o segundo turno no pleito presidencial, no qual os dois candidatos mais votados no primeiro turno disputariam uma nova votação.
Mais poder para o “ditador descolado”
As reformas constitucionais consolidam ainda mais o poder de Bukele, ao ampliar o tempo de mandato, abolir o sistema de dois turnos e autorizar a reeleição indefinida.
O presidente salvadorenho é amplamente criticado por organizações de direitos humanos devido à implementação de seu “regime de exceção” em 2022, que suspendeu direitos constitucionais, permitindo à polícia deter pessoas sem provas.
O estado de emergência levou à prisão de milhares de suspeitos de envolvimento na violência entre gangues no país. A postura linha dura ampliou o apoio popular do presidente.
Em 2021, deputados aliados destituíram juízes da Suprema Corte, provocando uma crise política e reorganizando a composição do tribunal à favor de Bukele.
No cargo desde 2019, ele foi reeleito em 2024, após a Suprema Corte driblar a proibição constitucional de mandatos consecutivos. Apesar de admitir problemas, o Tribunal Superior Eleitoral de El Salvador oficializou a reeleição de Bukele, o que fortaleceu ainda mais seu controle sobre as instituições do Estado e o parlamento.
Tais ações levaram analistas a classificá-lo como ditador – alcunha que ele próprio assumiu, ao se autodenominar “o ditador mais descolado do mundo” em sua biografia no Twitter.
“Hoje a democracia morreu em El Salvador”, diz oposição
A oposição criticou a aprovação das reformas, questionando especialmente o momento em que foram apresentadas.
“Hoje a democracia morreu em El Salvador… As máscaras caíram”, declarou a deputada de oposição Marcela Villatoro durante a sessão parlamentar, criticando o fato de a proposta ter sido votada às pressas durante o período de férias de verão.
ISTOÉ


