Em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela, a Secretaria de Assistência Social, por meio da Coordenadoria da Promoção da Igualdade Racial (COPIR), homenageou 11 mulheres pardas, negras e de comunidades tradicionais que são e foram responsáveis por lutarem por igualdade de direitos, justiça racial e social e que ajudaram a construir a história de Barra dos Coqueiros.
As homenagens foram entregues durante o evento de comemoração dos 18 anos do Centro de Referência da Mulher as representantes das seguintes categorias: Cultura, Feirante, Política, Quilombola, Marisqueira, Mangabeira, Benzedeira, Mulher multipotencial, Juventude, Superação e Empreendedora.
“Muito importante celebrar estas datas, que enaltecem a força e a resistência da mulher negra. E as homenageadas, cada uma com suas histórias de vida, representam bem tudo isso. A iniciativa também foi uma oportunidade para refletir sobre a importância de combater o racismo e o sexismo, além de promover a igualdade e a justiça social para todas as mulheres”, afirmou a secretária de Assistência Social, Eliana Martins.
As datas
Instituído em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha tem como objetivo dar visibilidade à luta histórica das mulheres negras contra o racismo, o sexismo, a pobreza e a exclusão social em toda a região.
A data representa um marco na organização política das mulheres negras do continente e é um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados por esse grupo, que frequentemente ocupa as posições mais vulneráveis da sociedade. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade para destacar a resistência, o protagonismo e as contribuições das mulheres negras na construção de suas comunidades e países.
Já o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra foi instituído pela Lei nº 12.987/2014. A homenagem reconhece a importância histórica de Tereza de Benguela, uma das maiores lideranças negras e femininas do período colonial. Tereza foi uma mulher negra, líder do Quilombo do Quariterê, localizado na região do atual estado do Mato Grosso. Após a morte de seu companheiro, o líder José Piolho, ela assumiu o comando do quilombo e liderou, por duas décadas, uma comunidade formada por negros e indígenas que resistiu bravamente à escravidão e à repressão colonial.
Sob sua liderança, o quilombo desenvolveu um sistema político próprio, com parlamento e estrutura de defesa armada, além de intensa atividade econômica baseada na agricultura, na criação de animais e no comércio com vilas vizinhas. Tereza de Benguela se tornou símbolo da resistência negra e do protagonismo feminino, e seu legado segue vivo na luta por liberdade, justiça social e valorização da cultura afro-brasileira.
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